A cada 100 mil mulheres que davam à luz na Paraíba em 2005, 90 morriam por complicações relacionadas ao parto, ao pré-natal mal realizado ou à falta de acompanhamento posterior ao nascimento do filho. O número já era maior do que a média nacional de 75 falecimentos para cada 100 mil partos. Entre os motivos mais apontados para a continuidade do problema estão dificuldades de acesso a transporte e às consultas do pré-natal.
O número nacional em 2005 era 2,1% maior do que registrado em 2000 quando os Objetivos do Milênio da ONU foram lançados, prevendo uma redução de 75% nos casos de morte materna. O Governo Federal, no entanto, justifica que este crescimento está diretamente relacionado com um apuramento no sistema de notificação dos casos, que eram subestimados.
Em entrevista concedida à Agência Brasil em maio deste ano, o coordenador de Ações Estratégicas do Ministério da Saúde, Adson França, a meta da ONU é muito audaciosa para a maioria absoluta dos países. Isso “porque envolve vários fatores: o aumento da escolaridade e do empoderamento da mulher; a melhoria das condições de saúde, da atenção ao parto e ao nascimento; a qualificação de profissionais; a legislação relacionada a complicações no contexto da violência contra a mulher”.
A redução de 75% tem como referência o índice de 64 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos registrados no país na década de 1990. Isso significa que até 2015 estes casos não devem passar de 16 para cada 100 partos – bem longe dos números apresentados pela Paraíba. Como sugestão de iniciativa que a própria comunidade pode tomar para ajudar a atingir esta meta, o Instituto Faça Parte sugere fazer campanhas sobre:
* Planejamento familiar;
* Prevenção do câncer de mama e de colo de útero;
* Gravidez de risco;
* A importância do exame pré-natal.* Nutrição da mãe e aleitamento materno.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
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