Um em cada quatro professores de matemática que dão aulas no ensino médio no Brasil não têm nível superior – na verdade, apenas um em cada cinco destes profissionais passou pelas bancas de uma universidade de Matemática. Este quadro se refletiu no resultado brasileiro na avaliação internacional Pisa, que demonstrou que 71% dos alunos sai do ensino médio sem ter os conhecimentos que se espera que eles aprendam nesta disciplina. E é também um sinal do tamanho da importância da capacitação dos professores que estão nas salas de aula de nossas escolas.
Junto com a formação, as condições de trabalho oferecidas aos/às profissionais da escola formam o quinto indicador de qualidade em educação, já que eles são essenciais para que uma escola atinja os objetivos de seu projeto pedagógico. E este item envolve todos/as os/as que estejam envolvidos/as com o ambiente escolar, e não apenas com os/as professores/as, apesar de serem os/as responsáveis pelo que especialistas chamam de transposição didática.
A primeira questão a ser observada é se todos/as os/as profissionais têm a habilitação necessária para exercerem suas funções e se eles/as são estimulados a fazerem novos cursos para se manterem atualizados – o que também pode acontecer dentro de espaços como as reuniões pedagógicas. Também é necessário observar se a quantidade de funcionários/as é adequada para o bom funcionamento da escola – desde professores/as ao pessoal da limpeza.
É importante que a unidade conte com profissionais de apoio, como coordenador/a, supervisor/a, psicopedagogo/a, mas a presença destes profissionais na escola deve ser garantida em tempo suficiente para que tenha efeito. A pontualidade e assiduidade de professores/as e demais profissionais, portanto, também é um indicativo da qualidade do ensino oferecido pela escola.
A publicação completa dos Indicadores de Qualidade em Educação está disponível para download no site da Ação Educativa.
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