A prefeitura de Sapé assumiu na tarde da última quinta-feira, 16, o compromisso de buscar formas de atender às solicitações de melhorias no atendimento do Programa de Saúde da Família feitas pelos moradores da comunidade do Eucalipto através de seu Plano de Advocacy. Prefeitura, secretaria de saúde e coordenação do PSF confirmaram conhecer uma parte das dificuldades relatadas pela comunidade e avisaram que vão tomar providências para solucioná-las. Os gestores participaram de um evento promovido pela Associação Comunitária Nova Vida (ACNV), quando uma comissão de moradores entregou uma carta apontando os problemas e fazendo algumas sugestões de solução.
Na carta, os moradores explicam que querem da prefeitura a garantia de um atendimento de qualidade no PSF na cidade, fornecendo medicamentos em quantidade que atenda à demanda e com infra-estrutura que dê condições aos profissionais para trabalharem.
De acordo com a coordenadora do PSF em Sapé, Benalda Pinheiro, das cinco unidades que estavam sem médico, apenas duas continuam enfrentando o problema, ocasionado principalmente porque os profissionais não querem trabalhar com saúde da família. “A maioria prefere ficar nos seus consultórios, mas estamos conseguindo contratar novos profissionais e esperamos trazer o do Eucalipto o mais breve possível”, explicou. Ela ficou surpresa com as queixas relacionadas à falta de medicamentos, já que tem visitado as unidades e o que viu foram “farmácias lotadas”, mas garantiu que também vai se aprofundar no assunto.
Já a secretária de saúde, Luzinete Santos, recém empossada no cargo, visitou a unidade que atende o bairro também nesta tarde e confirmou com a equipe da ACNV que o local não oferece condições para um atendimento de qualidade. “Vamos resolver isso logo”, garantiu. Ela também solicitou que queixas sobre mal atendimento fossem levadas diretamente à secretaria para que ela pudesse tomar providências. Representando o gestor municipal, o vice-prefeito, Melcíades José de Brito, também se comprometeu com as solicitações da comunidade, garantindo que os pedidos serão atendidos.
Os gestores estão agendando uma data para conversar de forma mais detalhada sobre as queixas com a comissão de moradores que elaborou o documento. Para a técnica da ACNV, Betânia Vieira, o resultado do encontro foi positivo porque demonstra que “os gestores não compreenderam as solicitações como um enfrentamento, mas como uma proposta de trabalho em conjunto”. “O poder público não pode caminhar só, a comunidade precisa fazer sua parte ao buscar a garantia de seus direitos”, avalia a articuladora política da entidade, Antonice Marques.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
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