quarta-feira, 15 de julho de 2009

Comunidade em Sapé apresenta nesta quinta, 16, suas propostas ao poder público

A comunidade do Eucalipto, em Sapé, quer que a prefeitura garanta melhor qualidade no atendimento do Programa de Saúde da Família na cidade, fornecendo os medicamentos em quantidade que atenda à demanda e com infra-estrutura que dê condições aos profissionais para trabalharem. Estas são algumas das propostas que serão apresentadas pela comissão de moradores que elaborou o Plano de Advocacy às autoridade locais na tarde desta quinta-feira, dia 16. A apresentação está inserida na programação pela celebração pelos 22 anos de missão italiana no Brasil, quando a ACNV vai receber o Cônsul da Itália, Francesco Piccione, em evento que vai reunir autoridades locais e a comunidade na Casa Novo Futuro, no bairro do Eucalipto.

As propostas são fruto da ampla discussão que vem acontecendo desde o último mês de março entre os moradores, que teve como base o diagnóstico realizado no bairro pela ACNV, revelando como a população vê a prestação dos serviços básicos na região. De acordo com a pesquisa, um em cada quatro moradores considera que o serviço do PSF é ruim no bairro. As principais queixas são relacionadas à demora no atendimento e mais da metade dos moradores declarou só receber visitas dos agentes em intervalos que variam entre um e dois meses, enquanto quase 15% simplesmente não recebem este acompanhamento domiciliar. Um terço das visitas é motivada exclusivamente por registro de doença na família – ao contrário do que prevê a política da Saúde da Família, que relaciona este atendimento a um trabalho de prevenção.

Dos problemas identificados na pesquisa, observa-se que 90% da população não participa das reuniões promovidas pelo programa, sendo que mais da metade afirma não participar porque não sabe quando elas acontecem. Além disso, a unidade que atende o bairro do Eucalipto está, atualmente, sem médico, situação que se repete em outras unidades da cidade e o posto funciona de forma precária em uma casa alugada em frente à Casa Novo Futuro. O pedido da comunidade para que estes problemas sejam resolvidos tem como base a própria Constituição Federal, que responsabiliza os municípios pela oferta de atendimento básico em saúde.

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