sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Educadores participam de Avaliação e Planejamento de Claim

Um mergulho no projeto Claim para conhecer melhor seus objetivos e planejar os caminhos ainda necessários para ajudar as comunidades a conhecerem seus direitos. Esta foi a tônica da avaliação e planejamento com os educadores que compõem o projeto, atividade realizada nos últimos dias 20 e 21. Dentro do ambiente rural da Fazendinha Natureza, no bairro do Rangel, os educadores da Casa Pequeno Davi, Pastoral do Menor e Associação Comunitária Nova Vida também tiveram a oportunidade de conviver juntos e se confraternizar pelo fim de mais um ano.

Edson e Themis (técnicos de Claim) promoveram dinâmicas de acolhida e início das atividades, que contaram com a participação de Angela (atual coordenadora do projeto).

Em grupos mistos, os educadores discutiram suas concepções do que é o Projeto Claim.
As apresentações contaram com muita criatividade, envolvendo música e desenhos.
Depois dos grupos, Angela fez uma apresentação dos objetivos de Claim, fazendo a relação com as atividades e destacando os temas Saúde, Educação e Saneamento.

O primeiro dia da avaliação foi encerrado com uma churrascada para marcar a confraternização dos educadores, que receberam a visita da ex-coordenadora do projeto, Marivete.

No segundo dia, os educadores avaliaram as oficinas promovidas mensalmente para eles, desde o início do ano passado.

Comunidade Boa Vista dá boas vindas ao novo médico do PSF

Depois de um ano e meio sem médico, a Comunidade Boa Vista, em João Pessoa, preparou uma recepção calorosa para receber o profissional que finalmente resolveu o problema ao assumir o cargo na unidade do PSF que atende a região. A atividade aconteceu há cerca de um mês, na sede do Centro Comunitário Bom Jesus, núcleo da Pastoral do Menor atendido pelo Projeto Claim e marcou o sucesso da mobilização da comunidade.

Os moradores da região realizaram um abaixo assinado exigindo que a Secretaria Municipal de Saúde tomasse providências para o problema, mas o médico chegou à comunidade no dia em que o documento seria entregue. Como a pauta de reivindicações era mais extensa e incluía formação para os agentes de saúde, melhorias na infra-estrutura da unidade de saúde e humanização no atendimento, o abaixo assinado foi levado pela comissão de moradores para o órgão. Agora eles aguardam que a promessa de destinação de uma nova casa para a equipe do PSF se concretize.


A comunidade, o CBJ e o Projeto Claim deram as boas vindas à equipe do PSF.


O médico e a equipe também apresentaram o novo esquema de atendimento.


Membros da comunidade e a Associação Comunitária falaram das dificuldades.

Ao final, o grupo fez uma oração em agradecimento pelo início da solução do problema.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Indicadores de Qualidade em Educação - Permanência dos alunos na escola

Uma multidão que não caberia dentro do Maracanã, o maior estádio de futebol da América Latina, abandonou os bancos escolares do ensino fundamental no ano de 2005 na Paraíba. Os dados são do Inep e fazem parte do último Censo Escolar, publicado em 2007, que deu conta de que 118.460 crianças e adolescentes paraibanos não conseguiram concluir o ano letivo porque simplesmente deixaram de ir à escola. O número equivale a 15% dos mais de 775 mil alunos matriculados nesta fase do ensino em todo o Estado. O problema atinge principalmente alunos de escolas da rede municipal.

Há um ano, o problema ganhou visibilidade nacional quando a promotora da Infância e Juventude, Fabiana Lobo, provocou a instauração de mais de 300 procedimentos especiais para punir os responsáveis por crianças que haviam abandonado a escola no município de Sapé. Mas os números revelam que o problema não é concentrado – ele atinge todo o Estado e coloca as crianças paraibanas cada vez mais longe de uma educação de qualidade.

Diante deste quadro, manter as crianças e adolescentes na escola é um dos principais desafios atuais, fazendo com que eles consigam concluir os níveis de ensino em idade adequada. E por isso a permanência na escola é um dos indicadores da qualidade da educação oferecida em uma comunidade. Esta avaliação pode ser feita buscando respostas para questões como: sabemos quem são os alunos que apresentam maior dificuldade no processo de aprendizagem? Sabemos quem são aqueles que mais faltam na escola, onde e como eles vivem? Quais são as suas dificuldades? E os que abandonaram ou se evadiram?

Se conhecemos estes alunos, é preciso também conhecer os motivos para estarem vivendo esta situação e se perguntar o que a escola está fazendo para tentar trazê-los de volta para a sala de aula, tratando a questão com cuidado e carinho. Estas questões ajudam a comunidade escolar a discutir formas de oferecer boas oportunidades de aprendizagem a todos/as os/as cidadãos/ãs. A publicação Indicadores de Qualidade na Educação, por exemplo, oferece uma sugestão metodológica para as escolas que desejarem adotar algum mecanismo para trazer de volta os alunos que abandonaram ou se evadiram. A publicação completa está disponível para download no site da Ação Educativa.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Analfabetismo funcional atinge 21,6% dos brasileiros

O número de analfabetos no país tem diminuído, diz o Ministério da Educação. Porém 21,6% (dados de 2007) da população brasileira e analfabeta funcional. E por essa definição o MEC entende pessoas com mais de 15 anos que estudaram até a 4ª série ou menos.
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Seminário discute Educação Integral e Contextualizada em Recife

Tendo como um dos objetivos discutir os fundamentos teórico-metodológicos do processo educativo, tendo uma perspectiva integral e contextualizada, a Universidade Federal de Pernambuco realiza nos próximos dias 24 e 25, no Campus de Recife, o seminário “Educação Integral E Contextualizada: Repensando A Prática Pedagógica”. O evento, que tem o apoio da Unicef, vai contar com a participação da Casa Pequeno Davi, que vai apresentar sua experiência na mesa sobre o Programa Aprender e o Projeto de Formação Integral no Coque, na última tarde do seminário.

Durante os dois dias também serão apresentados um estudo exploratório do Unicef sobre a Educação Integral e Contextualizada, além de outras experiências governamentais e da sociedade civil. As inscrições são gratuitas, porém limitadas em 200 vagas, e podem ser feitas através do endereço recife@unicef.org. Mais informações podem ser obtidas no blog do evento. Para os educadores do Projeto Claim, é uma boa oportunidade de formação.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Indicadores de Qualidade em Educação - Ambiente Físico Escolar

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal da Bahia detectou um quadro lamentável nas escolas da rede pública de Salvador: pisos estragados, paredes e corredores sujos, janelas mal conservadas; reservatório de água rachado, com risco de desabar sobre os alunos; salas da direção e dos professores pequenas e usadas, também, como depósito de material; área externa da escola sem nenhuma segurança, um muro iniciado e não concluído; tubulação de esgoto sanitário situada em nível mais baixo que o da rua, causando freqüentes alagamentos em dias de chuva; acúmulo de carteiras velhas e estragadas nas salas de aula; espaço externo da escola sem uso, devido a buracos e sujeira; presença de cartazes velhos e sujos nas paredes; desorganização no horário da merenda, provocando sujeira com copos, papéis e mesmo restos de alimentos jogados nas salas e nos corredores.

Este quadro, no entanto, não é singular. Também na Paraíba estes problemas podem ser facilmente observados em várias escolas, influenciando diretamente na qualidade da educação que estas unidades oferecem a seus alunos, já que o ambiente físico escolar é o sexto indicador de qualidade na educação. Por isso, manter este ambiente atrativo, saudável e propício para a aprendizagem é um desafio para os gestores, que devem, entre outras coisas, ficar atentos ao bom aproveitamento dos recursos existentes – garantindo sempre que eles atendam às necessidades da comunidade escolar.

Três conceitos, portanto, devem fazer parte das prioridades relacionadas ao ambiente: é preciso que o material seja suficiente em quantidade, tenha qualidade adequada para o seu uso e que também seja bem usado, de forma eficiente e sempre sendo valorizado. A publicação completa dos Indicadores de Qualidade em Educação está disponível para download no site da Ação Educativa.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Róger discute PAC dentro de Claim
















As ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, foram o alvo da discussão promovida pela Casa Pequeno Davi com a comunidade do Róger, em João Pessoa, na noite do dia 27 de outubro, dentro do Projeto Claim.
















A atividade deu à comunidade a oportunidade de conhecer o plano e se posicionar sobre o que está sendo planejado para a região. Entre as prioridades, o destaque foi a questão da moradia, mas também houve espaço para discutir saneamento, segurança, lazer, transporte e geração de emprego e renda.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Indicadores de Qualidade em Educação - Formação e condições de trabalho dos profissionais

Um em cada quatro professores de matemática que dão aulas no ensino médio no Brasil não têm nível superior – na verdade, apenas um em cada cinco destes profissionais passou pelas bancas de uma universidade de Matemática. Este quadro se refletiu no resultado brasileiro na avaliação internacional Pisa, que demonstrou que 71% dos alunos sai do ensino médio sem ter os conhecimentos que se espera que eles aprendam nesta disciplina. E é também um sinal do tamanho da importância da capacitação dos professores que estão nas salas de aula de nossas escolas.
Junto com a formação, as condições de trabalho oferecidas aos/às profissionais da escola formam o quinto indicador de qualidade em educação, já que eles são essenciais para que uma escola atinja os objetivos de seu projeto pedagógico. E este item envolve todos/as os/as que estejam envolvidos/as com o ambiente escolar, e não apenas com os/as professores/as, apesar de serem os/as responsáveis pelo que especialistas chamam de transposição didática.
A primeira questão a ser observada é se todos/as os/as profissionais têm a habilitação necessária para exercerem suas funções e se eles/as são estimulados a fazerem novos cursos para se manterem atualizados – o que também pode acontecer dentro de espaços como as reuniões pedagógicas. Também é necessário observar se a quantidade de funcionários/as é adequada para o bom funcionamento da escola – desde professores/as ao pessoal da limpeza.

É importante que a unidade conte com profissionais de apoio, como coordenador/a, supervisor/a, psicopedagogo/a, mas a presença destes profissionais na escola deve ser garantida em tempo suficiente para que tenha efeito. A pontualidade e assiduidade de professores/as e demais profissionais, portanto, também é um indicativo da qualidade do ensino oferecido pela escola.
A publicação completa dos Indicadores de Qualidade em Educação está disponível para download no site da Ação Educativa.