Pequenos projetos permitem compra de material para parceiros

As três entidades parceiras da Associação Concern Universal Brasil (Acub) no projeto Claim estão recebendo até o final do mês de agosto os últimos itens da lista de material que foi adquirido com recursos de outros dois pequenos projetos. Estão sendo entregues, além de material didático pedagógico e esportivo, equipamentos que incluem móveis escolares e suprimentos de informática.

A aquisição só foi possível através da parceria com o Fundo Social da Eletricity Supply Board (Eletric Aid), da Irlanda, e da União de Mulheres de Viena (United Nations Women´s Guild). As compras têm o objetivo de fortalecer o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Casa Pequeno Davi, Pastoral do Menor e Associação Comunitária Nova Vida para o empoderamento das comunidades onde atuam. A entrega teve início em janeiro deste ano e atendeu às demandas das três entidades ao longo destes meses.

Educadores participam da segunda oficina de Metodologias Participativas

O registro de experiências de intervenção social que serão reunidas e publicadas através do projeto Claim foi o foco da segunda parte da Oficina de Metodologias Participativas realizada na última sexta, dia 18. Ao longo do dia, foram apresentadas 11 propostas de trabalhos em grupos ou individuais, que começaram a ser construídos na oficina anterior, realizada com o mesmo grupo em maio. Os trabalhos devem ser concluídos em outubro, quando acontece a terceira e última oficina com este tema.

O encontro desta sexta reuniu 25 dos educadores que estão recebendo a formação de Claim e aconteceu no mini auditório do Sesi, em João Pessoa, com a assessoria do professor de Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba, Luís Gonzaga Gonçalves. Para ele, documentar não só estas experiências como outras é importante para evitar o “retrabalho”. “Se nós sistematizamos o trabalho que estamos fazendo, registrando os passos dados e os resultados obtidos, será mais fácil para quem chegar depois escolher novos passos a serem dados. Não haverá necessidade de repetir o que já foi feito”, destaca.

A maior dificuldade encontrada entre os educadores é de colocar a experiência no papel por conta da pouca intimidade que muitos deles têm com a comunicação escrita, mas o professor Gonzaga avalia que este problema não afetará o resultado da proposta. Para ele, a situação é fruto da “burocratização” do mundo, que faz com que “todo mundo delegue a apenas uma pessoa o que deveria ser um compromisso de todos, entre eles o registro escrito da história, que deve servir à coletividade”.

O próximo encontro dos educadores acontece no dia 29 de agosto, quando será discutido o Marco Legal da Educação, mas as Metodologias Participativas voltam ao foco no dia 24 de outubro, quando acontece o último encontro com o professor. Antes disso, os educadores têm até 26 de setembro para encaminharem por e-mail a versão final de seus textos. “Estou muito ansioso por ver o resultado dos trabalhos propostos porque pela primeira apresentação, já percebeu-se que há muita riqueza nos relatos”, prevê.

Agenda do semestre
Agosto, dia 29, Oficina Marco Legal da Educação, previsto para o Hotel JR
Prazo para envio da primeira versão do texto para o professor Gonzaga
Setembro, dia 26, Oficina de Gênero, marcada para o Sesi
Prazo para envio da versão final do texto para o professor Gonzaga
Outubro, dia 24, Oficina de Metodologias Participativas, marcada para o Sesi
Apresentação final dos trabalhos
Novembro, dias 27 e 28, Avaliação, Planejamento e Confraternização

Objetivos

Nosso projeto tem como objetivo geral ‘contribuir para empoderar comunidades vulneráveis para garantir a efetivação de direitos humanos fundamentais já assegurados em leis locais e nacionais’.

Nossa proposta parte da premissa de que, apesar das leis nacionais garantirem o direito dos cidadãos participarem no processo de tomada de decisões e controle social, através de meios diversos, a falta de conhecimento e a pouca habilidade e/ou confiança necessárias impossibilita a participação dos membros das comunidades mais marginalizadas no processo político e na defesa de seus direitos.

Assim, o projeto tem implementado ações que visam oferecer condições para que comunidades vulneráveis possam compreender seus direitos, identificar onde os mesmos estão sendo violados e agir a partir desse conhecimento, se organizando e implementando ações concretas (lobby, advocacy, participação em espaços de controle social etc) para efetivação desses direitos, aumentando suas habilidades para ter maior controle sobre o seu próprio desenvolvimento

Estratégias

— Capacitação de educadores
— Formação de líderes comunitários
— Disseminação de informação sobre direitos básicos e mecanismos legais de reivindicação e controle social
— Promoção de articulação entre atores-chave locais
— Fortalecimento de grupos locais para que possam ter uma ação mais efetiva de apoio às comunidades

Atuação

O Projeto abrange comunidades em quatro municípios do estado da Paraíba: João Pessoa, Mamanguape, Santa Rita, Sapé.

A implementação das ações está sendo coordenada em conjunto por quatro organizações – Associação Concern Universal Brasil, Associação Comunitária Nova Vida, Casa Pequeno Davi e Pastoral do Menor. Todas elas têm procurado trabalhar sempre em parceria, entre si e com outras organizações, visando contribuir significativamente para que os membros das comunidades onde atuam tornem-se não só agentes de seu próprio desenvolvimento, mas também multiplicadores permanentes de informações sobre direitos humanos fundamentais, fortalecendo o exercício da cidadania.

Entrando no ar

O Projeto Claim no Brasil dá um novo e audacioso passo ao inaugurar seu espaço virtual para se comunicar com o mundo. O endereço http://www.claimbrasil.blogspot.com/ inaugura os trabalhos da recém instalada Assessoria de Comunicação do projeto, que pretende dar mais visibilidade às suas ações e também melhorar a comunicação entre quem faz o projeto - seja no Brasil, seja fora dele. A quem passar por aqui, sejam bem-vindos (as), fiquem à vontade: a casa é de vocês!